segunda-feira, 28 de junho de 2010


Na África do Sul é assim:  cueca de branco mete neguinho na cadeia
Emanoel Barreto

A Folha informa: Durante o tempo que permaneceu hospedada em um hotel de luxo em Rustemburgo, a delegação inglesa foi vítima de diversos furtos. Entre as "lembranças" levadas por funcionários do local, estava até uma cueca.


"Tudo o que foi roubado foi recuperado, e eles [os ladrões] estão atrás das grades", disse um porta-voz da polícia, Junior Metsi.


Os roubos foram realizados por funcionários do hotel e teriam começado a acontecer em 21 de junho.

Além da cueca, que não teve o dono revelado, uma camisa dos Estados Unidos foi levada, trocada no empate em 1 a 1 dos ingleses na estreia do Mundial. Cerca de US$ 750 [quase R$ 1.330] e uma medalha concedida pela Fifa foram roubadas também. O nome de nenhum atleta furtados foi divulgado.

No domingo, dia em que as queixas foram feitas, os casos foram rapidamente solucionados. Buscas foram feitas em casas de funcionários suspeitos e os bens foram encontrados. Cinco pessoas foram condenadas à três anos de prisão e multadas em cerca de US$ 800 [mais de R$ 1.400].
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São altíssimas as penas de prisão alicadas a sul-africanos que se envolverem em algum tipo de violência contra qualquer branco estrangeiro durante a Copa . Pelo que li e vi na TV há casos de até 15 anos de cadeia. Tudo por imposição da Fifa.

Mais claramente o Poder Branco, mediante a "autoridade" de ente privado, a Fifa, determinou, e os "negros" cumpriram. É mais uma forma abjeta de domínio, um resquício do colonialismo europeu. Mais claramente, o Estado sul-africano de forma servil, covarde, torpe, ignóbil, estabeleceu, ao que me parece, uma legislação casuística e perversa.

Não se trata de defender criminosos. O que está em causa é a dignidade de todo um povo já tão maltratado e historicamente vilipendiado.

A prisão, conceitualmente, não se dirige ao indivíduo infrator, mas à sua condição de negro, predominantemente a etnia com supostas tendências criminais. Lombroso não faria melhor. Só falta medir a conformação craniana do preso para diagnosticar o "criminoso nato".

Agora atenção: a mesma coisa deverá ser exigida do Brasil. E aqui, neguinho vai ter que chiar. Ou vamos engolir calados a lei da cueca?

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