Caros Amigos,
A Folha traz a seguinte notícia: "Enganaram-se os que pensavam que o Supremo Tribunal Federal iria ter um negro submisso, subserviente", diz o ministro Joaquim Barbosa, ao comentar os desentendimentos com alguns de seus pares -como Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Eros Grau. Ele atribui os atritos à defesa que faz de "princípios caros à sociedade", como o combate à corrupção. Barbosa entrou em choque com ministros tidos como "liberais" em julgamentos da Operação Anaconda. Ficou conhecido popularmente como relator do inquérito do mensalão e recentemente discutiu com Eros Grau sobre a liberação de um preso da Operação Satiagraha.
--- A atitude do Ministro demonstra, é o que ele me fez supor, algo preocupante: existiria racismo no STF. Ao fazer a afirmativa, deixa claro que a elite jurídica togada precisaria passar por uma reforma em seus valores quanto à questão das etnias.
Uma sociedade que se quer civilizada e justa não pode admitir que em suas elites intelectuais se plante a erva daninha do racismo. E o Ministro, que tem-se notabilizado por suas atitudes críticas, pode se tornar um símbolo, um indício, do quanto este país ainda tem que evoluir.
A ser constatada a convicção que expressou, a coisa é muito grave. Data venia.
Emanoel Barreto
Nenhum comentário:
Postar um comentário