sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Somos todos idiotas?

Caros Amigos,
Coisas de jornal que circulam na internet informam que no Japão está à venda uma gravata com ventilador. Serve para o homem usar conectada à saída USB do computador. Estamos, verdadeiramente, vivendo a idade da simulação de um certo tipo de vida social, com imposição de modismos que variam entre o ridículo, o grotesto e o criminal.

Ridículo e grotesto para quem usa. Criminal para a empresa que consegue atrair clientes e dinheiro com necessidades forjadas e inúteis. Vi há alguns dias, num shopping, um jovem beócio sendo puxado, numa coleirinha, por uma jovem tão fátua quanto ele. O casalzinho se exibia com um jeito que tentava se fazer passar por blasé, caminhando lentamente: ela à frente, ele seguindo-a, como a pedir, com tal comportanto, às pessoas que passavam: "Olhem como sou tolo. Eu sou um imbecil. Vocês não percebem?"

A imposição de falsas necessidades tornou-se alvo preferencial do marketing. Em qualquer canal a cabo há aqueles anúncios que propalam eletrodomésticos e outras traquitanas que irão mudar a sua vida e fazer de você uma pessoa feliz: quer emagrecer? Use aparelho tal. Quem ficar mais jovem? Compre uns elásticos que são colocados sob o cabelo a partir das orelhas. Eles vão esticar a pele e você ficará lindíssima. Deseja um bom suco? Compre a máquina não-sei-o-que-lá, que ela vai fazer maravilhas. Quer isso, quer aquilo, quer aquilo outro? Faça assim, coisa e tal e tudo bem, viu?

Agora, eu pergunto: quer ficar em paz? Desligue a TV quando esses comerciais estiverem no ar. Sua integridade mental estará, seguramente, protegida.
Emanoel Barreto

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