segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Que nem lata de sardinha

Caros Amigos,
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, está propondo que as empresas de aviação ampliem o espaço entre as cadeiras das aeronaves, a fim de que os passageiros tenham mais conforto e segurança nos vôos.

As empresas alegam que o espaço, mínimo, é essencial para que se mantenha sua lucratividade e que, caso seja aumentado esse espaço, as passagens deverão subir, para compensar o menor número de passageiros por avião.

Trata-se da velha lógica da exploração da sociedade, no caso, em proveito de uns poucos que detêm o controle desse segmento empresarial. O Ministro tem razão e deveria insistir nesse intento, coibindo, da mesma forma, a intenções de aumento de tarifas.

Nesse País já se paga muito por atendimentos de má qualidade e serviços que deixam a desejar. O presidente da Anac, Milton Zuanazzi diz, segundo informa a Folha, que uma pesquisa indica satisfação dos usuários, dos quais apenas cinco por cento se mostram insatisfeitos com a distância entre os cadeiras.

Custa-me crer nessa pesquisa. Como poderia uma pessoa sentir-se bem, imprensada em acomodações que mal dão para alguem se mover? A aviação brasileira vai mal, sim. E se o governo não se mostrar intransigente com o que está errado no setor, tais falhas se manterão ao longo do tempo, com as conseqüências que todos já conhecemos.
Emanoel Barreto

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