E a dança se fez carne
e habitou entre nós.
Movimentos fortes,
femininos gestos,
curvas siamesas
que enviesam sonhos.
E dos véus e mãos que se encaminham
surge a mulher,
feita toda de lentos caminhos,
passos vagarosos,
tendas e mistérios.
Lendas que se achegam,
gestos faiscantes,
brisas do deserto,
curvas lampejantes.
A dança do ventre é vida
que se espalha e fica contida, toda,
no instante mesmo
desse desmaio programado e calmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário