sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Poema de Celso da Silveira

É de Celso da Silveira, poeta que já partiu, o que abaixo transcrevo.

Poema

Para a morte, a vida
não tem esconderijos.
Nascer é um ato involuntário;
morrer é que é compulsório.

Tudo tem seu assentimento:
emoção e apreensão,
instinto e razão,
na medida em que
- sensível ou visual -
nada se mostra por acaso.

É o pressentimento
que revela a oculta
o eterno e o divino
que convivem numa
mesma unidade
crítica essencial,
que se exprime
em cada ser
cheio de equívocos.

Nossa percepção da morte
se infere na razão
do conhecimento de Deus.
- Deus e a morte estão em toda parte.

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