É de Celso da Silveira, poeta que já partiu, o que abaixo transcrevo.
Poema
Para a morte, a vida
não tem esconderijos.
Nascer é um ato involuntário;
morrer é que é compulsório.
Tudo tem seu assentimento:
emoção e apreensão,
instinto e razão,
na medida em que
- sensível ou visual -
nada se mostra por acaso.
É o pressentimento
que revela a oculta
o eterno e o divino
que convivem numa
mesma unidade
crítica essencial,
que se exprime
em cada ser
cheio de equívocos.
Nossa percepção da morte
se infere na razão
do conhecimento de Deus.
- Deus e a morte estão em toda parte.
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