quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Pimenta nos olhos da Justiça

O jornalista Pimenta Neves, ex-editor do Estadão, assassino da sua colega e namorada Sandra Gomide em agosto de 2000, agora está na condição de foragido. Ele fora condenado pelo corpo de jurados, mas, mesmo assim, colocado em liberdade logo em seguida, pelo juiz que presidia o júri. Ou seja: somente depois desse tempo todo, a Justiça percebeu que havia posto em liberdade um criminoso frio, calculista e cruel. E agora, está acionando o aparelho policial para a sua captura.

Enquanto isso, a mãe da jornalista, Leonilda Gomide, sofre com sérios problemas psiquiátricos. Está internada em uma clínida em Santos, onde alterna fases em que acredita que a filha está viva, com etapas de sanidade. O pai, também um homem doente, sofre com tudo isso.

E Pimenta, alheio ao sofrimento que causou, continuava desfrutando total tranqüilidade, até que afinal foi decretada a sua prisão. São casos assim que fazem do nosso País uma espécie de circo de horrores; horrores que nos cercam e que de alguma forma ameaçam a qualquer um de nós, que pode entrar no espetáculo da agressão e do desamparo a qualquer momento.

A conclusão é triste, surreal e absurda: Pimenta nos olhos da Justiça não é refresco para o cidadão. Data vênia.

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