quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Um homem feito de ninguém

O Bom Dia Brasil cita pesquisa do Dataflha para anunciar: Lula está com 56 por cento das intenções de voto, enquanto Alckmin está com 44, votos válidos. Salvo fato novo contrário a Lula - será que o PT tem ainda algo de podre em seu reino da Dinamarca para prejudicar Lula? - a reeleição segue, em relativa segurança.

A permanecer assim, a situação tenderá a um processo inercial de recuperação de votos por parte de Lula, que teria apenas, pelo efeito-dossiê, retardado o anúncio de sua vitória.

Aos poucos vai se desmanchando a névoa que recobria a figura de Alckmin, de repente guindado à condição de oponente com aparentemente chances de vitória. O candidato em si, em sua essência, jamais teve condições de eleição; não tem biografia para competir com a do presidente Lula.

Ganhou espaços midiáticos que o positivaram frente ao eleitorado em função do dossiê Vedoin. Só isso. E, por isso, o fog da mídia, que nessas horas mais confunde do que explica, permitiu que ele caminhasse pelas ruas do Brasil com a suposta aparência da figura que viria redimir a nação de todas as crateras éticas e criminosas escavadas pelos mais íntimos amigos e seguidores do presidente Lula.

Não veja qualquer incoerência neste texto: quando falo da comparação de biografias, não faça elogio a Lula. Faço justiça. Ele foi, realmente, um grande líder sindical e uma figura que sinalizou ao povo a esperança de um Brasil melhor. Maculou seu passado ao conviver com sequazes ao invés de assessores e ao acobertar asseclas em detrimento de colaboradores. Esse o seu erro, que a história julgará.

Alckmin, ao que sei, foi uma figura apagada e, frente a todos os que se opuseram à ditadura, um homem feito de ninguém. Que eu saiba, é isso. Corrija-me se eu estiver errado.

As pesquisas, desta forma, vão pavimentando a volta de Lula à presidência. Esperemos que não haja novos escândalos e que o presidente efetivamente cumpra o que tinha como compromisso histórico com a nação.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi tio gostaria de ver o senhor comentando assunto referentes a política local.