Deputado
quer anistiar criminosos da Lava Jato
O relator da reforma política, deputado Vicente Cândido, do PT de São Paulo, defende anistia aos
criminosos envolvidos na Lava Jato.
Ao aplaudir tal iniciativa Cândido expõe bem até que ponto
chega o cinismo da chamada classe política brasileira. O indivíduo também
defende a lista fechada de candidatos a deputado na próxima eleição. Já disse
tudo, não é mesmo?
Segundo registrou a Folha de S. Paulo, disse o elemento a
respeito da anistia: “Temos que ter pensamento estratégico. O que é melhor para
a sociedade nesse momento? Até aprovar uma anistia, seja criminal, financeira,
tudo é possível, não é novidade no mundo.”
Suspeito que, na verdade, as tais estratégicas seriam a adoção
da lista fechada e do perdão generalizado aos celerados enredados com a Lava
Jato. Isso sim seria o melhor para os políticos, não para a sociedade
brasileira.
Claro: com isso todos os criminosos sairiam impunes e, na
sequência, a sociedade não saberia mais em quem estaria votando, assegurando-se
uma espécie de aberração jurídica: alguns são escolhidos previamente dentre uma
elite de políticos profissionais e esses são colocados na cabeça da chapa.
Você vota no partido e esses tipos estarão automaticamente
eleitos.
O sujeito que relatará a reforma política quer mais: tem ânsia
de que a sociedade arque, via um fundo público, com os custos das campanhas.
A Folha afirma que deputados estimam os custos da esbórnia: a
farra poderia chegar a dois bilhões e quinhentos milhões de reais. Assim não
dá. Temos hospitais a manter e escolas a sustentar.
A única coisa com que concordo é tornar o voto
não-obrigatório, como consta no projeto a ser apresentado. Da forma atual você tem a obrigação, não o direito, de
eleger representantes mesmo que não queira. Ou seja: os políticos não são eleitos; eles se fazem eleger.
No mais, prepare-se: dia 4 de abril a reforma política será
apresentada ao plenário da Câmara. Quem vai pagar a conta é você.
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