quarta-feira, 22 de março de 2017



Deputado quer anistiar criminosos da Lava Jato

O relator da reforma política, deputado Vicente Cândido, do  PT de São Paulo, defende anistia aos criminosos envolvidos na Lava Jato. 

Ao aplaudir tal iniciativa Cândido expõe bem até que ponto chega o cinismo da chamada classe política brasileira. O indivíduo também defende a lista fechada de candidatos a deputado na próxima eleição. Já disse tudo, não é mesmo?

Segundo registrou a Folha de S. Paulo, disse o elemento a respeito da anistia: “Temos que ter pensamento estratégico. O que é melhor para a sociedade nesse momento? Até aprovar uma anistia, seja criminal, financeira, tudo é possível, não é novidade no mundo.”

Suspeito que, na verdade, as tais estratégicas seriam a adoção da lista fechada e do perdão generalizado aos celerados enredados com a Lava Jato. Isso sim seria o melhor para os políticos, não para a sociedade brasileira. 

Claro: com isso todos os criminosos sairiam impunes e, na sequência, a sociedade não saberia mais em quem estaria votando, assegurando-se uma espécie de aberração jurídica: alguns são escolhidos previamente dentre uma elite de políticos profissionais e esses são colocados na cabeça da chapa. 

Você vota no partido e esses tipos estarão automaticamente eleitos.
O sujeito que relatará a reforma política quer mais: tem ânsia de que a sociedade arque, via um fundo público, com os custos das campanhas. 
A Folha afirma que deputados estimam os custos da esbórnia: a farra poderia chegar a dois bilhões e quinhentos milhões de reais. Assim não dá. Temos hospitais a manter e escolas a sustentar.

A única coisa com que concordo é tornar o voto não-obrigatório, como consta no projeto a ser apresentado. Da forma atual você tem a obrigação, não o direito, de eleger representantes mesmo que não queira. Ou seja: os políticos não são eleitos; eles se fazem eleger.

No mais, prepare-se: dia 4 de abril a reforma política será apresentada ao plenário da Câmara. Quem vai pagar a conta é você. 



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