segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Cachorro doido só quer morder

Triste Brasil
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Os apóstolos – ou apóstatas – do Poder vão continuar a digladiar-se na luta da Lavajato. Todos disputam o butim do Palácio do Planalto; Temer começa a temer pelo seu futuro. 

 E os demais buscam o condão de mandar e tanger os destinos mais imediatos do País. Não há santos, mas há uns que são mais demônios que os outros. 

Os gravíssimos erros do PT foram a senha e a desculpa para desencadear a sanha, a gula e a luxúria da malta, da matilha afiada e afiliada aos prazeres de, ao mesmo tempo, ser elite e parecer igualada àqueles a quem chama de povo e em seu nome fala.

Triste Brasil. Como na letra de Caetano Veloso, as palavras do poeta se encaixam ao momento vivido: 

Triste Bahia, oh, quão dessemelhante…
Estás e estou do nosso antigo estado
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado
Rico te vejo eu, já tu a mim abundante
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante
A ti tocou-te a máquina mercante
Quem tua larga barra tem entrado
A mim vem me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante

Triste Brasil. Tenda de negócios, ambiente de coito político. Triste Brasil. Teus passos te encaminham ao abismo e sabes disso. Vivemos continuadas quartas-feiras-de-cinzas. Dentes de aço estão rilhados e não desistirão de ver-te, Brasil, repartido como esbulho de piratas. Pega, cabroeira! Pega!



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