Novo capítulo: a
capitulação de Temer
Vivemos período
atípico na vida nacional: pela primeira vez a nação tem a oportunidade de ver
expostos os três Poderes e a forma como atuam, ou seja: suas disfunções e
tropeços escorrendo pelo jornalismo e pelas redes sociais como lamentável secreção.
Mais que isso: há expectativa de punições. Isso também jamais fora registrado.
Nunca se
viu com tanta fartura a exposição de como funciona a economia paralela do país,
a economia profunda, assemelhada à deep internet, aquela onde se dão os grandes
crimes, os mais obscenos, sujos, sórdidos.
Essa economia
profunda é aquela tramada nos gabinetes e firmada em papéis e contratos como se
fora coisa digna.
E foi
essa economia profunda, que surgiu dos acertos entre políticos, funcionários
corruptos e grandes empresários desonestos que onerou a vida do brasileiro comum.
Vê-se também
que os três Poderes se expõem e se opõem como integrantes de uma mesma cena, gerados e
atuando segundo a cultura nacional que se rege por uma espécie de política cartorial,
corporativista e autocentrada.
Legislativo
e Executivo já eram velhos conhecidos em sua atuação do levar vantagem, atuando
como na velha e esquecida lei de Gérson.
Agora chega o judiciário e estreia no mundo midiático em grande estilo. E surge
às claras como Poder que age politicamente como se viu como o caso Renan Calheiros
e com um agravante: de cabeça baixa ao acatar o não-recebimento de intimação
por parte de um réu.
A tragédia
nacional vai sendo redigida dia a dia. Haverá uma trégua de fim de ano, mas as
forjas do horror político continuarão acesas mesmo assim. É que eles precisam
buscar a salvação, qualquer que seja. E as tramas estarão a fogo baixo nos acordos e cochichos de Brasília.
Quando começar
o ano político os altos-fornos vão jorrar escândalos previstos, denunciações já anunciadas. Isso sem esquecer uma coisa: retomada
a ação policial junto à política pode começar mais um capítulo: a capitulação
de Temer. Ele sabe disso e não tem para aonde correr.
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Malafaia – Foi literalmente
espetacular a entrada de Silas Malafaia no noticiário da criminalidade
político-policial. Resta apurar.
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