sábado, 19 de maio de 2012

Muito obrigado, nuvens

Uma chuva boa chegou, trazendo alegria à manhã deste sábado. É que no Nordeste, quando o tempo seca muito, dá uma espécie de tristeza, um a coisa ruim de doer, o calor entrando no corpo da gente como se fosse uma febre vindo de fora para nos fazer o mal.
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Mas aí chegou a chuva, acho que chuva já antiga, que as nuvens vinham guardando, apurando, maturando em sua natureza de algodão. E então, de repente, todas elas, as nuvens, deixaram a água descer às terras nordestinas, tão belas e tão duras, tão fortes e tão exigentes a nós homens que a elas habitamos.

Aproveito para fazer um pedido às nuvens: vocês podem partir do litoral e chegar ao agreste, ao sertão e ali deixar cair seus grãos de água? Fazer o agrecista e o sertanejo abrir os braços para estreitar em aperto amigo essa água querida, podem?

Façam isso, nuvens. E verão que os grãos de água vão brotar em milagre nos roçados e nos açudes, nos açudecos e nos barreiros cacimbas e cisternas do povo do sertão, nas gentes do agreste.

Um abraço, nuvens. E boas chuvas para vocês. 
PS: e para nós também.

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