domingo, 27 de junho de 2010

 ...e aí, a moça tirou o sutiã e ficou só de calcinha...
Emanoel Barreto

A Ilustríssima, da Folha, diz: Katy Perry aparece sem sutiã em capa de revista britânica.
Com um corte de cabelo estilo pin-up, um short-calcinha de cintura alta, salto alto e os seios cobertos apenas com a mão e o braço, Katy Perry aparece em foto que deve estampar a capa de agosto da revista "Esquire".

A versão da capa que circula na internet não é a final e tem como título "Too Hot to Handle", que em português significa "muito quente para segurar".


Katy Perry, que estourou nas rádios com uma música sobre beijar meninas, tem feito sucesso com "California Curls", que tem a participação do rapper Snoop Dogg.
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A moça integra o que vem sendo chamado de música pop, muito embora pop seja outra coisa. Pop foi um movimento de vanguarda artística que explodiu nos anos 60. Uma espécie de crítica à sociedade de consumo.

Utilizava-se de figuras icônicas da indústria cultural como Marilyn Monroe, latas da Sopa Campbell's e garrafas de Coca Coca. O grande corifeu do movimento foi Andy Warhol, lembra?

A única coisa que haveria de pop nessa jovem é o fato de que é um produto. É uma falsificação recebida com aplausos. A falsificação do que em si já é fake: a sociedade de consumo. Desvairada e perdulária. Só.

O fato de haver feito, ou cantado, uma música falando em "beijar meninas" já mostra como se trata de uma aproveitadora: tocou num ponto polêmico para chamar atenção. No mais, é uma mulher que, arrivista, se aproveita do próprio e belo corpo para chegar a algum ponto alto dessa constelação vazia.  



Um comentário:

Luara Schamó disse...

Kate Perry é só mais um bode expiatório, assim como o próprio Andy Warhol, que tirou a crítica da PopArt, de caras como Robert Rauschenberg, e transformou o Pop nessa histeria da celebridade. Onde não importa a inteligência, a crítica e o bem, foda-se! O que importa é ser ser bonito, ter um belo par de seios cheios de silicone, ser blasé, estar no tapete vermelho e nas capas de revista. Como diria a crítica de Nancy Viegas "as revistas de fofocas são mais legais que os intelectuais!", entende? O Pop já não é mais pastiche, já não é mais sociedade de consumo, acho que ele virou um monstro tão grotesco quanto o o mascote Eddie, da banda Iron Maiden. E como será esse anti cristo no futuro? "O futuro a deuzzz pertence" e a essas mentes que querem chocar dizendo "eu beijei uma garota e gostei" e ao mesmo tempo se enforca numa silhueta escultural pra sair nas capas de revista! Mais pós moderno que isso, só vivendo pra ver o que virá! Loucura ou não, é difícil mesmo entender tantos conceitos num campo só! O meu, é só mais um palpite!