segunda-feira, 25 de janeiro de 2010


http://conexaoambiental.zip.net/images/aventura.jpg
Que bom: os americanos estão dando uma ajudazinha aos índios brasileiros
Emanoel Barreto

O Jornal do Brasil traz matéria em que aborda a ação de ONGs que facilitam a ação de entidades estrangeiras que pretendem "ajudar" os índios da Amazônia. Abaixo.

Vasconcelo Quadros , Jornal do Brasil



BRASÍLIA - A Fundação Nacional do Índio (Funai) está terceirizando para Organizações Não-Governamentais (ONGs) a gestão de ações em aldeias indígenas. Duas delas, o Centro de Trabalho Indígena (CTI) e o Instituto Sócio-Ambiental (ISA), estrelas gigantes do setor, estão sendo acusadas por indigenistas e organizações de utilizar a proximidade com a Funai para atrair parcerias e recursos de governos e entidades internacionais. O CTI, por exemplo, é hoje responsável pelo contato e proteção aos índios isolados – como são chamados os selvagens sobre as quais pouco se sabe.


A ampliação do papel das ONGs veio à tona na semana passada com a crise deflagrada pelo decreto baixado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no final do ano passado. A reestruturação chegou de surpresa e acabou desencadeando uma onda de protestos e conflitos, cujo ato mais insólito foi uma briga de bordunas entre índios das tribos xavante e kayapó, com um ferido, durante a invasão da sede da Funai, em Brasília, na semana passada. Era para ser uma reação conjunta contra a extinção de 22 administrações executivas regionais e 334 postos indígenas, mas os kaiapó aceitaram negociar isoladamente com a Funai.

Em fevereiro do ano passado, durante reunião em Brasília, CTI, Funai e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) acertaram os detalhes para iniciar as ações com índios isolados. Os críticos reconhecem que as ONGs têm em seus quadros profissionais competentes e dedicados, mas reclamam que, até para evitar interferência externa num setor sensível e frágil, esse é um papel de Estado, a ser executado por indigenistas e sertanistas dos quadros da autarquia, e chamam a atenção para o apelo financeiro embutido nas parcerias.
........
A ação das ONGs, aliadas a parceiros internacionais, revela como, diligentemente, e como o apoio de brasileiros, a Amazônia vai sendo tomada e administrada por interesses entrangeiros. Trata-se, não resta dúvida, de uma nova e sui generis forma de colonização quando, à semelhança da presença dos jesuítas, se presta "assistência" aos índios, aos "gentios", como diziam os sacerdotes.

Então, os padres queriam "catequizar" aqueles pobres pagãos. Agora, sob o pálio de levar-se "civilização" aos povos da floresta, realmente o que se faz é a preparação tática, o amaciamento regional, preparando-se o terreno para, em futuro ainda não dimensionado, permitir aos países centrais o apoderamento de toda a região em nome do internacionalismo.

O argumento, frenter à devastação da floresta é simpleas como abrir-se uma torneira: o Brasil não soube cuidar dessa dádiva da natureza e, ante um mundo poluído, deve-se entregar às potências todo o imenso território. Quem viver, verá.

Nenhum comentário: