quinta-feira, 30 de julho de 2009


32 anos sem Cascudo
Emanoel Barreto

Esta quinta marca os 32 anos da morte de Luís da Câmara Cascudo. Com ele fiz muitas entrevistas, conversas encantadoras sobre as coisas do povo, suas rezas, seus tempos arcaicos. Quando Cascudo morreu foi-se com ele todo um tempo. Mais velho que o século 20, como gostava de dizer, iluminava as tardes da Ribeira e luzia com o crepúsculo no Potengi. Eu estava na Tribuna do Norte. Antônio Melo era o editor-chefe. Na foto acima a figura imponente do Professor. A ilustração é do chargista Cláudio, hoje no Agora São Paulo. Saudades.

Sobre ele, recolhi na net o que abaixo se segue:
Você sabe que os contadores de histórias elegeram o historiador e folclorista Luís da Câmara Cascudo como protetor. A oração de "São Cascudo" faz referências ao mundo das histórias. Pare um momento e faça sua oração de hoje. “Ajude-me meu São Cascudo, / Que tem coisas nesse mundo / Que só existem nas memórias / Do povo mágico das histórias. / Quero uma lição de Geografia / Que um índio velho contaria / Para uma criança portuguesa / Se fartando com a sobremesa / De pé de moleque e brigadeiro / Junto com um peão boiadeiro. / São Cascudo, me diga o que é / Que vem de noite em um só pé, / E como me livro dessa assombração/ Meu Santo Padroeiro da Tradição. / Agora vou me deitar na rede, / Pois eu sei que o Santo entende, / Que amanhã é dia de festança / Vai ter música, aguardente e dança /Pro meu coração enamorado. /Valei-me meu São Cascudo!”

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