segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sérgio Lima/Jorge Araujo/Folha Imagem

Apareceu a margarida, olê-olê-olá...

Emanoel Barreto

Para fazer bonito - A ministra Dilma Roussef prepara seu new look eleitoral. Já refeita de uma cirurgia plástica, ela apareceu como a margarida, mas não está em seu castelo. Ou seja: não vai ficar parada nas altas torres, como fez Rapunzel. Vai é mesmo para a frente, para o front da política, a fim de que sua imagem, bastante melhorada, diga-se de passagem, comece a ser mostrada e, o mais importante, lembrada.

Política tem muito de espetáculo, isso desde os tempos clássicos. Ou alguém já esqueceu o discurso de Marco Antônio ao lado do corpo de César, enlouquecendo as multidões para justiçar seus assassinos? O espetáculo na política consiste num processo claro-escuro. Os atores políticos apregoam meias verdades, mentiras completas, desvãos e encantos, feitiçarias do marketing e afinal o eleitor é fisgado.

Especialmente em países como o nosso, onde a fome ainda campeia e, por mais que se diga o contrário, o salário é pouco para um mês tão grande, e o político acostumou-se a utilizar de todos os recursos da retórica marqueteira, a fim de chegar ao pódio do mandato - sempre garantindo do povo que a fome vai acabar. Do jeitinho que a ministra Dilma está fazendo.

ZOORÓSCOPO

Peixinho de aquário - Triste sina: é muito bonito. E, pela própria beleza, só vive preso. Pense nisso.

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ISRAEL BOMBARDEIA A HUMANIDADE – II
Walter Medeiroswalterm.nat@terra.com.br

A convivência entre os países está ficando meio sem regras. Os atos desumanos imperam pela força, voltando-se ao estado de barbárie. Terra sem lei. Americanos e israelenses transformam o mundo numa espécie de Velho Oeste do Século XXI. Ou num estado criminoso de guerra, onde a força bélica age para exterminar populações inteiras, sob pretexto de caçar inimigos. Decidem quem vão matar ou prender e bombardeiam, enforcam ou mandam para Guantanamo.


Depois de bombardear a Faixa de Gaza por mais de duas semanas, matando multidões de palestinos que vai encontrando pela frente, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert diz que está atingindo o objetivo. Que objetivo seria? Matar quantos palestinos? Cerca de 1.000 já foram assassinados, massacrados pelos tanques de guerra e bombas lançadas dos aviões israelitas.

Combate? Confronto? Que combate? Que confronto? Um exército que invade uma região e sai destruído prédios, exterminando famílias inteiras, populações inteiras, está combatendo a quem? Que forma estranha e desproporcional de reagir, já que dizem estar reagindo a ataques do Hamas. Que forma estranha de confronto, apontar, atirar e matar multidões desarmadas.

São inúmeros crimes de guerra já praticados por Israel neste período. Crime de guerra é para ser punido. Onde está o Tribunal? A acusação e os acusados já existem. São aqueles que promoveram o genocídio dos palestinos, sob pretexto de estarem se defendendo, a partir de bases falsas.

O palestino Hanna Safieh diz que “não podemos criar uma filosofia de ódio: temos de combater essa tendência, porque ideologia de ódio só traz mais ódio”, mas assegura que “Não existe força militar no mundo capaz de silenciar um povo”. É verdade. Para que se faça a paz é preciso que o mundo mostre a Israel que não aceita essa matança.

Da mesma forma que tem razão o PSTU ao afirmar que “Ao mesmo tempo em que é necessário reafirmar o repúdio aos crimes de guerra praticados pelo nazismo contra o povo judeu, é preciso também reconhecer que atualmente o que está sendo praticado pelo Estado de Israel contra o povo palestino se assemelha em muito ao método de eliminação física e limpeza étnica utilizado pelos nazistas”.

A resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovada nesta segunda-feira condena Israel pela ofensiva militar na faixa de Gaza, o que mostra quão acintosa é aquela ação. A resolução pede também o fim imediato das hostilidades, seguindo o clamor de bilhões de cidadãos que estão indo às ruas no mundo inteiro. Aprova, ainda, o envio de uma missão de investigação independente para avaliar se as Forças de Defesa israelenses estão cometendo crimes de guerra.

Esperamos que seja o início da chamada à ordem de tantas ações autoritárias, violentas e desumanas. E que sejam punidos os que estão praticando esses atos de genocídio, para que o mundo restabeleça melhores formas de convivência entre os povos.

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