Caras Amigas,
Caros Amigos,
Venha a nós ó Príncipe Valente,
já que agora o dólar nos faltou.
E quando o deus mercado nos esquece,
valei-nos, ó figuras
saídas da imaginação.
E se o dinheiro é também criado,
é ilusão, é fruto, é criação;
é também farsa imaginada, sempre pronta
a fugir, desfalecer.
E da mesma forma que os heróis
dos quadrinhos sempre nos enganam,
o dinheiro é também astuto.
Só que, farsa, ele é real;
ilusório, pode ser tocado;
e, criação, ele se inverte - e, querendo, pode, até mesmo, matar, roubar, nos destruir.
Emanoel Barreto
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