quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Complicado, incoerente, ilógico



Caras Amigas,

Caros Amigos,


Domingo, a cidadania acorrerá às urnas para eleger seus representantes. Do ponto de vista gramatical uma assertiva irretorquível em termos de compreensibilidade; juridicamente, uma verdade. Mas, do ponto de vista social, vocês acreditam mesmo nessa afirmativa? Não será mais uma mentira, um equívoco, quem sabe a expressão de um projeto mal-intencionado?


Meu pessimismo à parte, na verdade uma provocação a que se pense sério a respeito, é preciso desconfiar do que os políticos dizem. A avalanche de promessas, "compromissos com o povo", soluções virtualmente para todos os problemas de Natal, vocês acreditam mesmo nisso?


Perceberam como, a cada dois anos, surgem e se renovam programas de governo municipal e estadual que vão nos tirar para sempre das trevas? E, por falar nisso, onde estão as luzes? Certamente os políticos não pagaram a conta e foi cortada.


Outra coisa, renovar quer dizer tornar novo aquilo que era velho: re-novar. Ou seja: renovar significa, nada mais nada menos, que manter o velho em seu lugar. Renovar não quer dizer nada. Melhor: quer dizer exatamente isso: nada.


A cultura política nacional recende a falcatruas, golpes, alianças espúrias, conluios, tramas, gente mancomunada para transformar a coisa pública em coisa privada. Será preciso um longo período histórico, um choque cultural profundo e estrutural, para que as coisas comecem a mudar.


Mas, enfim, vamos votar. Mesmo sabendo que, com o voto, voltam os mesmos a dizer: re-novar.

Emanoel Barreto

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