quinta-feira, 24 de julho de 2008

De lobisomens sem lua

Caras Amigas,
Caros Amigos,
Encontrei na net uma crônica de Vicente Serejo, onde ele falava de coisas antigas, do passado tansformdo em página da memória; de livros, da Ribeira, dos tempos, enfim. Magnífico exemplar de texto em crônica. Mandei-lhe um bilhete de e-mail e ele publicou em sua Cena Urbana. Vejam:

SAUDADES
Sim, somos homens de tempos passados. Lobisomens velhíssimos. Daí essas lembranças imprestáveis para os tempos modernos. Tão velhos que as lembranças correm sem pressa, como no seu bilhete-relâmpago, de um Emanoel Barreto de alma lírica. Ó tempos! Ó saudades!

Velhíssimo Serejo,
Mexendo no teclado do computador encontrei no tear da internet, essa aracne de teia virtual, sua crônica "Das coisas velhas". E vendo você falar do tempo e das lembranças, da Ribeira adormecida em seu sono de cais; de fantasmas e dos livros empoleirados, sou também levado pelo tempo a descobrir que a lembrança é um caminho por onde se corre sem pressa; é preciso ver se o passado está em dia.

E a relembrar a você uma coisa, que lhe disse há muitos anos, redação velha do Diário de Natal: "Na saudade, Serejo, somos todos lobisomens sem lua."
Abraços antigos, deste também velhíssimo,
Emanoel Barreto

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