quinta-feira, 27 de julho de 2006

Ainda das Gerais: o batizado e o padre rabugento

"O homem vem à terra para uma permanência
muito curta, para um fim que ele mesmo ignora,
embora, às vezes, julgue sabê-lo".
Albert Einstein

A igreja lembrava a basílica de São Pedro. O padre mesmo disse, antes de iniciar a cerimônia de batismo. Estou em Minas, na cidade de Timóteo, para ser, em companhia da Minha Mulher, padrinho e madrinha de Lívia, filha de Jonas e Cristina.

Realmente, o templo tinha as linhas básicas da magnífica basílica, mas, além disso, tinha também um problema: o apressadíssimo padre, que com gestos bruscos advertia os fíéis que, logo após a cerimônia, todos deveriam retirar-se, o mais rápido possível.

E ficamos todos nós como aquele motorista que fica só acelerando o carro, para largar o mais rápido possível tão logo o sinal verde abra. Na verdade, não achei o padre grosseiro. Mas um trapalhão mal-humorado, Um tipo rabugento, a zelar por algo que considera como muito importante.

O homem era tão, digamos, aferventado, que a pequena Lívia, até então caladíssima, abriu o eco a chorar quando ele tentou lhe fazer um carinho. Mas não houve problema: e afinal realizou-se o batizado, que esperou quase um ano pela minha presença a fim de que fosse realizado. A data inicial fora remarcada em função de impossibilidade minha de ir até lá.

Terminada a cerimônia, ainda dava para ouvir o padre e sua algaravia de exigências, conclamando as pessoas a sair. Parecia querer o grande silêncio do templo só para seus ouvidos. Na verdade, deve ser ele um carrancudo habitante da solidão.

Mas valeu a pena. Jonas, uma grande figura e um grande caráter, e Cristina, uma mãe coruja, festejaram o batismo. Na comemoração, a voz forte de Bruno, seu violão e a presença do pai, Tone, foram notas marcantes. Também valeu, pela alegria e espontaneidade a alegria de Jeane, Edmirson e a filhinha Rafaela, além de Pedro, um pequeno furacão.

São coisas que vivi nas Gerais. Coisas boas que entram na vida da gente. Coisas que dá vontade de repetir. E as Gerais estarão sempre em nosso caminho. Ô trem bão, sô... Cê pode acreditar...


Um comentário:

Anônimo disse...
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