domingo, 30 de abril de 2006

A presença do Dalai Lama

"Perdoa sempre a teu inimigo.
Não há nada que o enfureça mais."
Oscar Wilde

A vinda de Tenzin Gyatso, o Dalai Lama, ao Brasil, teve para mim um misto de missão pregadora da paz e atuação de uma personalidade de mídia, que sabe, e muito bem, misturar e mobilizar público para pronunciar discursos altamente elogiáveis, ganhar dinheiro e liderar líderes de outras religiões, como o rabino Henry Sobel e prelados da Igreja católica. Todos reunidos sob o comando do politicamente correto.

O Dalai Lama é o líder político e religioso do Tibete. Fugiu de lá sob intensa perseguição do truculento governo chinês, que hoje domina o país e, claro, proíbe o budismo, que ali tem o mesmo peso político que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB teve a partir de um determinado momento da ditadura no Brasil pós-64.

Com a fuga, ganhou muito justamente as simpatias do mundo. A partir de então, tornou-se autor de muitos best-sellers e sempre uma referência espiritual para quem não está satisfeito com os discursos e práticas das religiões ocidentais, especialmente o catolicismo e o protestantismo.

Acho que em essência o Dalai Lama é bem intencionado, merece respeito e admiração pelos lemas que professa. Só acho estranho que um homem do espírito ganhe para falar e defender a paz.

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