quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Justiça fulmina jogada política



Deram uma cama de gato em Moreira Franco
 

Foto: Sérgio Castro|Estadão
A notícia movimentou a tarde e diz o seguinte:
 “O juiz federal Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, suspendeu nesta quarta-feira (8), em decisão liminar (provisória), a nomeação como ministro da Secretaria-Geral da Presidência de Moreira Franco, um dos principais aliados do presidente Michel Temer”, segundo informou o Universo Online-UOL.
O UOL detalha: “Na decisão, o juiz compara o caso de Moreira Franco, citado por delatores da Lava Jato, com o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve a posse na Casa Civil barrada sob suspeita de tentar assumir o cargo para escapar da jurisdição do juiz federal Sergio Moro.”
E mais: "É dos autos que Wellington Moreira Franco foi mencionado, com conteúdo comprometedor, na delação da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. É dos autos, também, que a sua nomeação como Ministro de Estado ocorreu apenas três dias após a homologação das delações, o que implicará na mudança de foro. Sendo assim, indícios análogos aos que justificaram o afastamento determinado no Mandado de Segurança nº 34.070/DF [que impediu a posse de Lula] se fazem presentes no caso concreto", afirma o juiz em sua decisão.”
Ao que parece o governo Temer tem a triste sina de ver, passo a passo, seus ministros serem expostos à opinião pública como reles criminosos, apesar do colarinho branco e, no caso de Moreira Franco, do fofinho apelido de Angorá, ganho do falecido governador Leonel Brizola.
A respeito, o Estadão, edição de 30 de abril de 2016, revela: “Quem lembra a história é Carlos Lupi, homem de confiança de Brizola durante 20 anos e sucessor do ex-governador na presidência nacional do PDT. Foi Brizola quem deu a Moreira, por causa da cabeleira grisalha precoce, o apelido de ‘gato angorá’. ‘Brizola dizia que a característica do gato angorá é passar de colo em colo. Valia no passado e vale agora. Moreira foi aliado do Fernando Henrique, do Lula, da Dilma, estará no governo Temer, se houver, e não duvido que esteja no governo seguinte’ critica Lupi.”
A atitude do juiz Eduardo Rocha é mais um trompaço na cambaleante equipe do Planalto e mais um elemento a desestabilizar o chamado presidente Temer.
Ao que parece, a situação do sistema hoje no poder é bastante complicada.
Veja só: além de ter como aliado o PSDB, que o está processando no Tribunal Superior Eleitoral -TSE – coisa bastante estranha, paradoxal – o governo lida com inflação renitente e um clima de insegurança pública que se generaliza.
Junte-se a isso o fato de que as 77 delações premiadas da Odebrecht deverão provocar um arraso em Brasília, chegando até mesmo à figura presidencial, e temos a fórmula exata para uma débâcle perfeita.
Os fatos se encaminham para uma cama de gato e, com certeza, o chamado presidente Temer treme ante o que está por vir.




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