Deram uma cama de gato em Moreira Franco
Foto: Sérgio Castro|Estadão |
A notícia movimentou a tarde e diz o seguinte:
“O juiz federal Eduardo Rocha Penteado, da 14ª
Vara Federal do Distrito Federal, suspendeu nesta quarta-feira (8), em
decisão liminar (provisória), a nomeação como ministro da Secretaria-Geral da
Presidência de Moreira Franco, um dos principais aliados do presidente Michel
Temer”, segundo informou o Universo Online-UOL.
O UOL detalha:
“Na decisão, o juiz compara o caso de Moreira Franco, citado por delatores da
Lava Jato, com o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve a posse
na Casa Civil barrada sob suspeita de tentar assumir o cargo para escapar da
jurisdição do juiz federal Sergio Moro.”
E mais: "É
dos autos que Wellington Moreira Franco foi mencionado, com conteúdo
comprometedor, na delação da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. É dos
autos, também, que a sua nomeação como Ministro de Estado ocorreu apenas três
dias após a homologação das delações, o que implicará na mudança de foro. Sendo
assim, indícios análogos aos que justificaram o afastamento determinado no
Mandado de Segurança nº 34.070/DF [que impediu a posse de Lula] se fazem
presentes no caso concreto", afirma o juiz em sua decisão.”
Ao que
parece o governo Temer tem a triste sina de ver, passo a passo, seus ministros
serem expostos à opinião pública como reles criminosos, apesar do colarinho
branco e, no caso de Moreira Franco, do fofinho apelido de Angorá, ganho do
falecido governador Leonel Brizola.
A respeito,
o Estadão, edição de 30 de abril de 2016, revela: “Quem lembra a história é
Carlos Lupi, homem de confiança de Brizola durante 20 anos e sucessor do
ex-governador na presidência nacional do PDT. Foi Brizola quem deu a Moreira,
por causa da cabeleira grisalha precoce, o apelido de ‘gato angorá’. ‘Brizola
dizia que a característica do gato angorá é passar de colo em colo. Valia no
passado e vale agora. Moreira foi aliado do Fernando Henrique, do Lula, da
Dilma, estará no governo Temer, se houver, e não duvido que esteja no governo seguinte’
critica Lupi.”
A atitude
do juiz Eduardo Rocha é mais um trompaço na cambaleante equipe do Planalto e
mais um elemento a desestabilizar o chamado presidente Temer.
Ao que
parece, a situação do sistema hoje no poder é bastante complicada.
Veja só:
além de ter como aliado o PSDB, que o
está processando no Tribunal Superior Eleitoral -TSE – coisa bastante estranha,
paradoxal – o governo lida com inflação renitente e um clima de insegurança
pública que se generaliza.
Junte-se
a isso o fato de que as 77 delações premiadas da Odebrecht deverão provocar um
arraso em Brasília, chegando até mesmo à figura presidencial, e temos a fórmula
exata para uma débâcle perfeita.
Os fatos
se encaminham para uma cama de gato e, com certeza, o chamado presidente Temer
treme ante o que está por vir.
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