Paixão furiosa: é a manchete do jornal argentino
Dia desses estava comentando em
casa a respeito das diferenças entre o espanhol e o português, e de como o
idioma de Borges por algum motivo que se esconde na alma hispana, se presta bem
a exprimir suas dores e rancores, amores e lutas, gritos e brados, tragédias e
feitos.
O português é mais calmo, lunar,
mesmo que no Brasil tenhamos Deus no coração e o diabo no quadril.
Mais objetivamente: o brasileiro é bamba, o argentino trágico; nós, passistas, eles aflitos, à beira do colapso vivido em compasso de tango.
Mais objetivamente: o brasileiro é bamba, o argentino trágico; nós, passistas, eles aflitos, à beira do colapso vivido em compasso de tango.
O que digo se reflete no
jornalismo portenho, que chegou a arroubos inimagináveis no Brasil quando eles comemoraram
em manchetes sua classificação para disputar a final da Copa. Valeu o heroísmo de tinta e o palavrão para fechar o texto da chamada.
A reprodução do Olé! deixa bastante
claro como funciona a alma do Prata, sua paixão, seu arrebatamento que chega ao
exagero barato, perda do senso de equilíbrio, furiosa paixão quase taurina. Olé!,
também digo.
E desejo que domingo Gardel cante um tango brindando, quem sabe, a uma vitória.
E desejo que domingo Gardel cante um tango brindando, quem sabe, a uma vitória.
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