Tem fuá no BBB
Ontem, enquanto esperava para ser atendido por uma caixa do correio, ouço conversa entre uma mulher na fila ao lado: falava alto, dizia ser telespectadora assídua do BBB e "disso não se envergonhava". Garantia que muita gente assiste o programa mas diz que não vê.
Teorizando, explicava que que o BBB "era como a gente estar vendo a vida", e mais: "Aquilo ali é a vida mesmo. É um jogo, quem sabe jogo, ganha. É matar um leão por dia".
Acho que não deixa de ter alguma razão. O BBB representa de alguma forma o tipo de sociedade que criamos, cuja valoração da esperteza e da ética relativa são uma espécie de padrão.
Mas, voltando à falastrona: defendia a necessidade de haver aquele tipo de programa como "um bom passa-tempo" e atraía a si a atenção de mais umas duas ou três mulheres, todas concordando com o bravo pronunciamento. Afinal, encerrando a conversa, disse: "O que eu gosto mesmo é de ver o fuxico; o que eu gosto mesmo é de ver o fuá."
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