quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Leio no Correio da Paraíba, estarrecido; há dinheiro para esbanjar com a Fifa, mas falta atendimento a filha de trabalhador

Menina com doença rara fica sem remédios

Maria Fernanda, de quatro anos, sofre de dermatomiosite juvenil, doença rara que causa inflamação na pele e nos músculos. Por ser um problema crônico, o tratamento precisa ser feito sem interrupção, mas os pais da criança não têm condições de comprar os medicamentos, que custam por mês R$ 14 mil.

A família, que mora em Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro, recorreu à Justiça para que os remédios fossem fornecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). No entanto, o parecer foi negativo.
O pai da menina, Luis Fernando Gonçalves, é técnico em elétrica e não tem condições financeiras de comprar os medicamentos para a filha que sonha em ser bailarina, mas devido a inflamações musculares,não pode fazer muito esforço.

- Eu me sinto um inútil como pai de família, que não consegue comprar remédio para a filha. Não sei por que a Justiça não nos atendeu, pois tínhamos todos os documentos comprovando o quanto a doença dela é grave.
A Defensoria Pública Federal entrou com um recurso no fim do ano passado e aguarda um novo julgamento para o caso.

Segundo Eraldo Silva Júnior, defensor público federal, esta não é uma decisão padrão da Justiça, mas a Prefeitura do Rio alegou que seria atribuição do Estado fornecer medicamento de alto custo que, por sua vez, informou que o medicamento não é padrão, não podendo então ser fornecido pelo SUS.
Segundo a Defensoria, o recurso será apresentado aos juízes que irão julgá-lo até o início de fevereiro.

Nenhum comentário: