segunda-feira, 2 de maio de 2011

Osama vive

A morte de Osama trouxe em sua essência o signo de sua imortalização como "guerreiro santo" e "mártir". Morreu o homem, ficou sua ideia, mais forte, mais encorpada. Os americanos sabem disso. Sabem o que representa uma figura martirizada. Remember, em polo bem oposto ao terrorista, Martin Luther King. Sabem que a morte de Osama não representou a morte da Al Caeda. Ao contrário, seus seguidores encontrarão motivos para continuar com a sua luta e com seus métodos cuja marca maior é a isídia violenta.

Imprensa americana repercute morte de Osama bin Laden
 O terrorismo é maneira infame de se fazer política, e Osama era bem a figura icônica desse fazer. Todavia, os criminosos não se acercaram dos Estados Unidos; antes, os EUA se atiraram às cercanias do chamado mundo árabe com propósitos muito pouco dignos. 

Vide o apoio a Israel e as investidas para dominar ou pelo menos controlar a produção de petróleo, a fim de atender à voracidade do mercado estadunidense. A resposta veio da mesma forma: tão suja quando as ações americanas no Oriente Médio e adjacências: agressão e morticínio.

A política externa americana, marcada pelo belicismo e hegemonismo, é a mesma política que permitiu e até incentivou o surgimento de tipos como Osama e todas as suas insanidades. Os talibãs, por exemplo,  foram grandemente ajudados pelos EUA quando o Afeganistão era domínio soviético. Foram armados e militarmente instruídos. Tem até um filme de Rambo em homanagem aos citados elementos. Historicamente, isso foi ontem. E veja o que são hoje os talibãs: no desejo de desalojar os invasores soviéticos abriu-se porta a um sistema de crueldade como poucos.

EUA e Al Caeda são duas forças terríveis em suas essências de brutalidade e estupidez. Esse confronto deve continuar. Vai continuar. Mas, para os terroristas da Al Caeda, há uma soturna alegria e um paradoxal conforto: Osama vive.

Um comentário:

Biula disse...

Boa noite!

É incrível como nesta foto o Osama está a cara do Obama, é só tirar a barba e o figurino muçulmano, eu, hein, sei lá...