domingo, 23 de maio de 2010


Folha: mudança de hábito
Emanoel Barreto

A Folha está de roupagem visual nova. Ainda não vi a edição de papel, mas, pelo que o jornal anunciou e comentei aqui, as mudanças serão na forma e no conteúdo - que ganhará contornos analíticos ao lado de textos informativos mais curtos, afirma o jornal.

A Folha antes e depois, graficamente, você vê nos símiles de duas edições. Note e diferença na tipologia. Sem entrar em detalhismos técnicos, note a diferença visual entre as letras dos títulos "Governo perde.." e "Lula articula seu...". Títulos, ou melhor letras, digo isso sempre a meus alunos, também são imagem. Tanto quanto uma foto podem puxar o olhar do leitor. Assim, na nova Folha, veja a diferença: a nova tipagem é mais cheia, portanto mais chamativa.

Outra coisa: a diagramação anterior era mais horizontal. Isso prejudica de alguma forma a leitura. Na versão de agora está veticalizada e ganhou uma bossa: vê aquele ponto de interrogação na matéria logo abaixo da notícia sobre a Al Qaeda? A última palavra da frase está maior que o restante do título, outra forma de fortalecer a visualidade. O jornal faz concessões gráficas sem perder o ar sisudo que se exige a uma publicação "séria".

Vou esperar para ler. O conteúdo será mesmo mais analítico? E o que significa esse analítico num jornal que esconde dos leitores as intenções desse mesmo conteúdo? É sabido que a Folha é tida como um ninho da mídia tucana. Não creio que isso mude de uma hora para outra. Vamos observar.



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