domingo, 25 de outubro de 2009

A sodoma da brutalidade
Emanoel Barreto
Faz muito tempo que não vou ao Rio. Hoje, prefiro não ir. O volume de informações que provêm de lá ou a respeito de lá, criaram em meu imaginário a visão de uma cidade que se debate entre o terror e a imperiosa necessidade de conviver com o terror.

É o resultado histórico de uma perversa concentração da riqueza nacional, que facilitou a proliferação das favelas e de seres brutais que convivem com os cidadãos de bem que dali não podem sair. "Dali", quero dizer, das favelas.

O Rio de Janeiro transformou-se numa terrífica sodoma da brutalidade. E seus gritos são o hino do mais bárbaro banquete de balas regadas a muito sangue.


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