sábado, 12 de setembro de 2009

Porque os ricos roubam
Emanoel Barreto

Deu na Folha: A Polícia Federal prepara uma ação de busca e apreensão nas sedes de algumas das maiores empreiteiras do país e nas casas de seus executivos. A PF obteve, no último dia 2, autorização da Justiça para a operação, mas o pedido de prisão de suspeitos foi negado.As empresas são investigadas por suposta fraude a licitações, tráfico de influência, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva na execução de obras em aeroportos de todo o país -Guarulhos, Vitória e Campo Grande, entre outros.O total de desvios chegaria a R$ 500 milhões. As obras foram licitadas pela Infraero na gestão do ex-presidente da empresa Carlos Wilson (PT-PE), morto em abril deste ano.Entre os alvos principais do inquérito estão, entre outras, as empreiteiras OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht, Nielsen, Queiroz Galvão e Gautama.

Após lido o que está acima, uma breve digressão: é sabido que a pobreza e a miséria são as causas sociais e históricas para o surgimento e crescimento da criminalidade em todos os seus matizes: assassinatos, assaltos, formação de quadrilha, tráfico de drogas, violência urbana, etc..., etc,...etc...

Ou seja: miséria e pobreza induzem o ser humano que vive sob tais condições a tentar suprir suas necessidades pelo crime. Assim, se alguém tem todas as suas necessidades supridas certamente não será criminoso, criminoso aqui no sentido de ladrão, certo?

Errado. Se houvesse certeza nesse sentido, os ricos não roubariam. Pergunto: porque os donos dessas construtoras são ladrões? Por que buscam a qualquer preço tirar dinheiro público, se já ganham tanto com as obras que fazem? É da natureza humana o roubar, mesmo já se tendo muito?

Não sei. Só sei que todos os donos das construtoras citadas, que não tenho dúvidas são ladrões, vão se safar. E, esteja certo, continuarão a roubar impunemente. Mas, mesmo assim, fica-me a pergunta: por que os ricos roubam? É caso para a psiquiatria ou para um bom delegado de polícia?

ZOORÓSCOPO

ORANGOTANGO - Aparentemente parvos, com seus movimentos sacolejantes, os orangotanianos são é mesmo muito espertos. São encontradiços nas figuras de empresários, altos executivos, políticos em geral. Seus longos braços lhes permitem pegar o que desejam esteja onde estiver e, em grande velocidade, escapar de forma espetacular. O homem em Orangotango é matreiro; a mulher, sinuosa e convincente. Não são pessoas feias. Muito pelo contrário. Feias, somente suas almas, fantasmas morais terríveis, que assustam a quem de repente consegue desnudar o seu íntimo.


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