quarta-feira, 22 de julho de 2009

Da gripe à família Sarney
Emanoel Barreto

A Folha diz, em suas coisas de jornal, que a gripe suína matou mais seis em São Paulo; no país, já são 22 os mortos. O Estadão online traz áudio de conversas da família Sarney, se lambuzando com o dinheiro público. Assim, pendulamos de uma ameaça natural aos crimes. Esses eminentemente sociais, decorrentes de cultura política que mistura o público com o privado e faz do público coisa de uso particular.

No caso da gripe, não vejo ações de governo que venham de alguma forma assegurar que o problema seja enfrentado. A rede pública hospitalar está aos frangalhos, do Oiapoque ao Chuí. Medicação existe. E porque o Tamiflu não está sendo distribuído? É tão difícil assim? Mais difícil é a sociedade suportar o temor e as mortes decorrentes dessa pandemia que o governo mobilizar recursos para atender às emergências sociais. Lembrando que dinheiro, e muito, vai ser esbanjado com a Copa do Mundo.

Mas, é isso: de tragédia em tragédia vamos convivendo com uma e com outra. E então, pronto: tudo se torna tão comum que passa a ser normal. E sendo normal é natural. E fica tudo por isso mesmo. Nada muda e os erros somente fazem crescer.

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