segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Idioma português: navegar sem rumo, ao léu, não sei, talvez...

A Folha traz a seguinte informação:

"Faltando apenas dois meses para que as novas regras ortográficas entrem em vigor no Brasil, nem mesmo os especialistas em língua portuguesa conseguem chegar a um consenso sobre como determinadas palavras serão escritas a partir de 1º de janeiro de 2009.
As divergências aparecem nos dicionários "Houaiss" (ed. Objetiva) e "Aurélio" (ed. Positivo), nas recém-lançadas versões de bolso, que já contemplam as mudanças ortográficas. O "pára-raios" de hoje, por exemplo, virou "para-raios" no primeiro e "pararraios" no segundo.
A lista de diferenças continua. A versão mini do "Houaiss" grafa "sub-reptício" e "para-lama". Em outra direção, o novo "Aurélio" traz "subreptício" e "paralama".
Prevendo o impasse, antes mesmo do lançamento dos dicionários, a ABL (Academia Brasileira de Letras) tomou para si a difícil missão de dirimir essas e outras dúvidas. A palavra final da entidade deverá sair apenas em fevereiro, quando as novas regras ortográficas já estiverem valendo."
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Não vejo qualquer praticidade nessa mudança. Em nada vai facilitar a escrita ou compreensão dos textos. A não ser alguma mudança na escritura dos patrícios, que deixarão, por exemplo, de escrever direcção para grafar direção. Dará, podemos dizer, um ar mais moderno ao textos dos portugueses. Do jeito que eles escrevem, parecem estar sempre em 1500.




No mais, não vejo qualquer vantagem. Trocamos seis por meia dúzia e ainda temos três mais três de troco.


Emanoel Barreto

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