domingo, 27 de julho de 2008

Cavalgadas, tendas e estrelas

Caras Amigas,
CarosAmigos,
Parece ter chegado o tempo
em que não podemos mais
olhar a nossa própria face.
Quebrem-se todos os espelhos.

Cavalgadas insolentes nos atiraram
aos abismos mais terrificantes,
e perderam-se todos os azuis.

Passos tardos nos levam a destinos,
que são tantos e em em tantas direções,
que dá medo escolher qual o caminho.

Todavia, talvez ainda se possa,
em raras pessoas,
em tão raros momentos,
esperar que surja algo longe,
tão longe,
escondido na neblina,
a nos dizer: ainda há tempo e vida.

E talvez ainda se possa, como Antero,
cantar em silêncio estas palavras:
"A galope, a galope, ó fantasia,
Plantemos uma tenda em cada estrela."
Emanoel Barreto

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