segunda-feira, 28 de julho de 2008

Dacadência sem elegância

Caras Amigas,
Caros Amigos,
Pode parecer incrível, mas é Madonna, a estrepitosa cantora que há anos varria o mundo com sua música e com um way of life que a colocavam como uma espécie de menina má, irreverente e quebradora de regras. Somente esqueceu uma coisa: as imperdoáveis regras do tempo, que tudo apagam e tudo avariam, inclusive e especialmente o corpo humano.

Num mundo onde se valoriza ao extremo a beleza, a juventude, o dinheiro, o sucesso e todos os seus sucedâneos, ou seja: tudo o que há de material e por isso mesmo transitório, a descida, a queda, choca; e coloca aos olhos, especialmente ao olhar, que esses valores, tão incensados pela publicidade e pelo sistema que desta se utiliza, são falsos, cultivam necessidades fabricadas.

Veja-se uma coisa: as regras de beleza programam que a mulher deve ser magra, esguia. E isso deflagra uma multidão de moças que se esmeram em castigar o corpo para estar "na moda". Isso lubrifica um sistema perverso de investimentos e lucros sobre o corpo da mulher, que se vê como objeto e assim se assume, em nome de uma elegância volátil.

Madonna faz 50 anos em agosto. Mas, agora, aparentemente, não há gosto na vida. O tempo está passando e a cantora de "Like a Virgin" é apenas mais um exemplo da frivolidade que o sistema criou e logo, logo, vai refugar. Madona mia...
Emanoel Barreto
Foto: Crosby Group

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