Caras Amigas,
Caros Amigos,
O jornal espanhol "El Mundo" disse hoje em suas versões digital e impressa que, com a saída de Gilberto Gil do Ministério da Cultura o presidente Lula "perde o seu trovador". É verdade. E perde, como perdeu com a saída da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, uma das poucas figuras emblemáticas e efetivamente coerentes do Governo, que desde o seu primeiro mandato já estava tão longe das bandeiras históricas do PT.
Gil parece ser um personagem destinado a fazer história: nos anos 1960, firmou-se ao lado de Caetano Veloso como um dos líderes do movimento tropicalista, que rompeu com os cânones de uma música popular brasileira centrada no vozeirão e nas lamúrias. Sua poética nova trazia novos rumos ao nosso cantar.
Hoje, historicamente, pode-se evocar os clássicos de nossa música, revalorizados pelos mesmos ex-tropicalistas que, cumprida a missão de revolucionar, souberam retirar as brumas que eles mesmos criaram.
Mas estou me afastando do assunto, que é a saída de Gil. Sua presença foi meio metafórica, não dispunha de muitos recursos para trabalhar, mas cumpriu dentro do possível o seu papel. Acho que é um grande músico e um grande ser humano. Valeu.
Emanoel Barreto
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