quarta-feira, 18 de junho de 2008

Não há liberdade

Caras Amigas,
Caros Amigos,
A imagem da Liberdade guiando o povo, tela de Delacroix.
O mundo, velho mundo, sempre esperou e espera por esse momento.

O mundo, diga-se, é o turbilhão de gente que se curva ao peso da opressão em suas mais diversas e perversas formas.

Não há liberdade quando jovens são levados por militares para ser assassinados num morro carioca.

Não há liberdade quando alguém precisa e não tem recursos para o remédio, o atendimento, a escola, a vida, a sobrevivência.

Não há liberdade quando o tempo passa, o trabalhador verga ao peso da idade e das desilusões e tem somente de seu a pobre condição humana.

Não há liberdade quando grupos monopolistas dominam a economia e espalham a democracia da fome.

Não liberdade quando as lágrimas habitam os olhos e impedem o olhar de descobrir horizontes, pois também não há horizontes.

Não há liberdade, não há liberdade, não há liberdade. Isso os jornais dizem todos os dias. Mas ninguém entende, nem mesmo os jornais; que estão emaranhados à ordem estabelecida e que diz: "Não há liberdade."
Emanoel Barreto

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