Em Minas, um juiz proibiu a comercialização de dois jogos eletrônicos, considerados violentos demais. Crianças e jovens são o público-alvo das empresas que produzem tais jogos, bastante procurados em lan houses.
Não é de hoje que os seres humanos nos divertimos com a violência. Os romanos trouxeram dos etruscos os jogos com gladiadores; no Ocidente e no Oriente, animais como cães, pássaros e até peixes, são utilizados em bárbaros espetáculos. E, em ringues, brutamontes se defrontam em combates cheios de perversidade. A multidão urra e ateia fogo ao circo insano.
Desde já há algum tempo, esses jogos de computador atraem mentes imaturas. De alguma forma, a cultura da violência começa a lançar raízes sociais, refletindo o drama da vida: o mais astuto, cruel, desumano e sanguinário deverá se impor. É a estética da brutalidade. É o discurso negocial do diálogo bruto fazendo valer o seu pregão.
Sofisticando-se nas telas dos computadores, a mensagem da violência faz adeptos, ou melhor, vítimas, uma vez que somente como vítimas pode-se entender que sejam os jovens que a tais jogos se dedicam. Creio que é melhor fazer como John Lennon: dê uma chance à paz.
Emanoel Barreto
Nenhum comentário:
Postar um comentário