Caros Amigos,
O ex-banqueiro Salvatore Cacciola, preso em Mônaco, aguarda uma decisão da justiça local decidindo o seu destino: ser ou não ser - eis a questão - extraditado para o Brasil, onde cumprirá pena por fraudes ao sistema financeiro nacional.
O pior, o mais triste, é que ele, à época do golpe, o ano de 2000, foi solicitamente atendido pelo governo federal, que lhe vendeu dólares a preços abaixo da cotação do mercado, a fim de impedir que seu banco, o Marka, fosse à falência.
Alegou-se à época que, se isso ocorresse, haveria um efeito-dominó, prejudicial a toda a economia. Creio que não era verdade. Ele tinha negociatas que implicavam dívidas de 20 vezes o patrimônio líquido do banco. Quebrou, foi preso, ganhou um habeas corpus e, como soe acontecer, claro, fugiu.
Agora, o governo brasileiro, o quer de volta. O Governo FHC foi quem favoreceu o então banqueiro.
Pergunta-se: por que pessoas de renomadamente suspeitas são assim, tão beneficiadas pelos governos? Por que os governos não adotam planos para beneficiar a sociedade como um todo?
São as cavilações do sistema que fomentam e fermentam a corrupção. É triste, mas é verdade.
Mas, no caso das elites, como se sabe, é tutti buona gente...
Emanoel Barreto
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