sexta-feira, 15 de junho de 2007

Renan e os cornacas

Diz velho adágio que "a culpa condena". Certas coisas por si se mostram e, mostrando-se, são compreendidas como são. É o caso, bastante típico, do senador Renan Calheiros - cujas ligações perigosas com uma construtora, que lhe pagava as contas junto a uma sua amante-, o encaminham até mesmo à possibilidade de perda de mandato.

Em desespero, o político pediu a seus, digamos, iguais, que adiassem para a próxima terça-feira a votação do parecer a respeito de seu decoro (decoro?) parlamentar. O relator da Comissão de Ética, o prezado amigo Epitácio Cafeteira, já disse que não viu nada de mais no comportamento de Renan. Tanto, que pediria o arquivamento do processo hoje mesmo.

Como os mares estavam em procela, Renan e todos os seus cornacas recuaram. A pressão dos oposicionistas valeu e agora o relatório será votado mesmo, dizem os jornais, terça-feira.

Em rápidas entrevistas à imprensa, acuado, Renan cobrou ética aos jornalistas. Não vou comentar.

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