sexta-feira, 16 de março de 2007

Parece até Matrix. Será?

A Folha Online cobre regularmente os "acontecimentos" do Big Brother Brasil. Atitivade midiática voltada para mobilizar milhões de telespectadores, e destes arrecadar milhões de reais, o BB é um fato falso, uma mistificação, uma simulação de acontecimento dentro do processo televisivo. Igual iniciativa ocorre em outros países, uma vez que o Big Brother é uma espécie de franquia internacional.

Na Inglaterra, a Rainha chegou, há poucos dias, a receber a ganhadora do BB de lá. Era uma jovem indiana, que fora vítima de racismo por parte dos demais participantes. Veja-se a que ponto chegou a força da TV: uma cabeça coroada recebendo uma celebridade de ocasião.

Esse programa é uma iniciativa perversa. Em sua total ênfase à banalidade, em sua busca de colocar em pauta trivialidades e frivolidades, além da monumental ignorância e incultura de seus participantes, o programa reafirma um dos mais lamentáveis traços do estágio social que estamos vivendo: a discussão da tolice.

A Folha anuncia também que um argentino será introduzido na casa e que um brasileiro será levado ao BB da Argentina. Trata-se de uma ação de marketing, que atiçará, ainda mais, olhares e ouvidos ao que se passa ali.

A realidade está sendo tão falsificada, que às vezes dá até para pensar que já estamos vivendo no mundo de Matrix. Será?

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