quarta-feira, 26 de abril de 2006

Políticos e tropeços; tropelias e fracassos

"Quem sabe faz a hora,
não espera acontecer."
Geraldo Vandré

Em sua recente visita a Natal, o candidato a presidente Geraldo Alckmin cometeu senão um ato falho, pelo menos uma confusão verbal: declarou ao Jornal de Hoje Primeira Edição que "o presidente Lula terá uma reeleição difícil." O sentido imediato da afirmativa chega a ser bastante claro: Alckmin admite, antecipadamente, que será derrotado pelo Presidente. Suponho que ele pensava o contrário, mas, de qualquer forma, cometeu o deslize declaratório, que o jornal não soube aproveitar como manchete.

Se os seus raciocínios político-administrativos forem todos desse tipo, o Brasil estará, sob seu governo, numa situação difícil. Já pensou, um presidente pensando de um jeito e agindo de outro? Já pensou, um presidente pensando que pensa de um jeito e desdobrindo depois de um grande erro que na prática a teoria é outra?

Ironias à parte, não confio nas promessas de Alckmin, como também não confio que o presidente Lula, caso venha a ser reeleito, consiga transformar o País no melhor dos mundos. Isso ele já vinha prometendo e deu no que deu.

Se você se vira para o outro lado, Anthony Garotinho está agora sob acusação de ter recebido doações de ninguém menos que um assaltante. Pode? Nunca pensei de ver tanto horror perante os céus...

E chegando a uma terceira margem do rio o que encontramos? Deputados flagrados como usufrutuários de verbas de 15 mil reais, gastas com... gasolina. É realmente um assunto inflamável.

A realidade política brasileira se apresenta como um universo cintilante de encenações, um espetáculo triste e lamentável. Se o Brasil fosse uma caravela, certamente se realizariam todas as terríveis previsões do Velho do Restelo e iríamos a pique bem depressa.



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