sábado, 18 de fevereiro de 2017



Os corruptos, os contêineres e as trevas de Temer

O uso de contêineres para dividir facções criminosas em Alcaçuz, bem como seu aproveitamento para encarcerar bandidos como se fossem celas de cadeia ou penitenciárias, deu-me uma ideia. 
Foto: Ilustração/Reprodução Google Imagens

Por que não utilizarmos aquelas grandes caixas de metal segundo sua finalidade: a de receber e ali acomodar material a ser exportado?

 Assim, sugiro que nossos mais notórios salafrários políticos sejam ali colocados e que se os despache em navios, trens, aviões e o que mais seja possível, e sejam levados a paragens distantes do mundo a fim de que ali se percam e nunca mais voltem.

Temo, porém, que os tais, expertos em sua arte de mentir e fraudar, desviar, subornar e propinar; ocultar, negociar e escapulir, venham de alguma maneira a livrar-se do encarceramento dos contêineres e, chegando a seus locais de degredo, dominem com ardis as autoridades para, unindo-se aos corruptos locais, tornem-se em pouco tempo novamente poderosos.

E, outra vez empoderados, se unam às empresas internacionais a quem Temer quer entregar grandes parcelas do território nacional e voltem para cá: cheios de dinheiro e capazes de continuar com suas tramoias e trapaças. 

Assim sendo, vejo que minha ideia não vai prosperar. Então, desalentado, concordo com Raduan Nassar quando dizia na cara de Roberto Freire: “Vivemos tempos sombrios.”

E não há nem mesmo os contêineres de Alcaçuz para conter nossas facções políticas.

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