terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A tecnologia como forma de subserviência



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Maldito computador!

Todo produto tecnológico, especialmente máquinas, redundam em alguma forma de aprendizado humano quanto a seu uso. Em outras palavras, algum tipo de adequação, ajustamento, vassalagem, jugo, sujeição. Quem sabe, quem, sabe... 

No que diz respeito ao computador creio que a coisa chega mesmo a alguma forma de cotidiana submissão, estranha subserviência, especialmente se você está capacitado apenas à sua operação mais imediata como produção de textos, planilhas, postagens de fotos, essas coisas.

E quando o computador e toda a sua parafernália começam a falhar, as coisas se complicam. Pode ser vírus, deficiência em download, fracasso no upload, desconfiguração não se de quê, defeito na placa e tudo o mais que essas máquinas que maquinam possam nos proporcionar. 

Vivo momento assim: truculento, o computador já exauriu todos os meus pobres e limitados conhecimentos: já reiniciei mais de mil vezes, passei o antivírus mais poderoso que conheço, liberei espaço em disco, deletei programas que não usava... 

Sim, trouxe o técnico, que utilizou de todos os seus conhecimentos esotéricos e nada: a máquina continua a maquiar suas más intenções com falsos piques de rapidez, logo volta à pachorra e trabalha com lentidão que faria inveja ao mais lamentável indolente.

Como último recurso liguei para o provedor: ficaram de me mandar um técnico. Mas somente amanhã, claro. E me avisaram: se o defeito for do meu maldito computador e não culpa da empresa – que, garante, envia dados em banda larga velocíssimos – terei que pagar a visita.
Pagar a visita? --fiquei perplexo.
Claro, pagar visita -- foi a resposta.

Aí eu fiquei assim: já pensou, você ter que pagar para ser visitado? E já pensou se a moda pega?

Exemplo:
Você diz: – Ei, estou sozinho. Você pode me visitar? – e lá vem a resposta:
– Trinta reais a hora: minha conversa é boa e vale a pena. Não esqueça de um bom uísque, canapés e outras guloseimas. E se você estiver tipo deprimido, ansioso ou prestes a cometer um desatino o preço sobe para 60 reais mais seguro de vida. Já pensou se você quer me atacar? 

Vou tomar um tranquilizante e esperar meu visitador. Obrigado leitor ou leitora. De alguma forma vocês já me visitaram. Já me sinto melhor. Graças.


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