Caos do Walfredo Gugel
Vamo correr, minha gente! Vamo correr!
Vi
hoje na Intertv Cabugi matéria que mostrava um “treinamento” da equipe do
hospital Walfredo Gurgel para eventual atendimento de emergência em massa. Tudo,
segundo a matéria, sob a supervisão de médicos alemães. Preparação para a Copa
do Mundo, claro.
Aí,
veio-me a dúvida: espere aí: quer dizer que a equipe do Walfredo não está
preparada para esse tipo de atendimento? Isso não deveria ser algo típico,
essencial do seu trabalho? E precisa vir gente da Alemanha para isso? A cena
ficou-me presa na retina da memória.
A
cena do “treinamento” pareceu-me oscilar entre o ridículo e o grotesco. Uma miserável
encenação. E por um motivo muito simples: o Walfredo jamais conseguirá atender
a uma demanda de massa. Não conseguirá porque o governo do estado nele nada
investe, não dá condições à sua equipe para que preste uma assistência digna
desse nome.
Tudo
o que foi praticado a título de digamos, qualificação, é apenas tudo o que
cotidianamente deveria ser feito: funcionários em número suficiente para tal
serviço, macas, camas, enfermarias, UTI, tudo em processo coeso e capaz.
Todos
sabemos que se houver algum acontecimento de grande monta será um caos – salvo,
claro, se o governo do estado, num instante de dificílima lucidez, mantenha a
postos toda uma grande estrutura humana e material pronta para agir. Não creio
nisso. E espero que não haja nenhum desastre que exija do hospital que se torne
digno desse nome.
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