Um voo de
aeroplano ou um mergulho em Atlântida
Como cansei de escrever usando teclado de computador, e como
minha máquina de escrever está com problemas para rebobinar a fita passo a
redigir da maneira mais antiga: à mão. E que fique claro: essa não é minha
letra verdadeira, que é péssima. Para escrever com a clareza que você está
vendo usei de toda a minha força de vontade a fim de que o grafos fosse
legível, elegante, bondoso com o seu olhar, ok?
Neste sábado matinal, quase início de tarde, gostaria de
estar em meu biplano sobrevoando praias distantes, paisagens com algo de
mistério, quem sabe alguma selva ainda habitada por animais por conhecer;
feras, felinos jamais vistos por olho humano.
Também poderia ser, em vez do voo, um mergulho no mar-oceano
em busca de Atlântida. Sempre pensei em chegar a Atlântida, seus mistérios
literalmente profundo, as colunas de seus templos, casas, palácios, construções
imensas... Mas o que tenho é mesmo esta folha de papel, minha caneta e a
vontade de escrever. E, com ela, vou voando: rasante, passando a você estas impressões
e querendo mergulhar no papel para ver o que se esconde no infinito de uma
lauda em branco.
Um abraço, que agora vou mergulhar. Quando voltar conto o
que descobri. De início, tenha uma certeza: a lauda sem texto é mesmo um mar. E,
para quem sabe, é realmente um mundo, uma Atlântida onde podemos mergulhar,
deitar no chão do mar, prender a respiração e ficar lá. Horas e horas; o tempo
que nossa eternidade criada em papel possa nos permitir.
Um abraço, já estou quase chegando em Atlântida.
Saudações,
Emanoel Barreto
Um comentário:
Lindo texto. Ainda mais belo pra quem também apaixonado é por letras, lápis e papel.
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