domingo, 15 de setembro de 2013

Ignorância, descaso, estupidez. Veja a que ponto chegou a cultura no RN



Walter Medeiros


“Obra de Navarro virou tapa vidro quebrado no Hotel dos Reis Magos.” Com estas palavras o jornalista Eduardo Alexandre denunciou, no Facebook um dos maiores e emblemáticos descasos do poder público potiguar para com a cultura e seus artistas. 

O descaso com a obra do pintor Newton Navarro, que parece ser homenageado somente da boca prá fora e pela força popular, pois assim não fosse nem a Ponte do Forte teria recebido seu nome.

Desde que foi publicada a foto de Eduardo Alexandre recebe opiniões, críticas e manifestações de revolta com o “destino” dado à obra. Francisco Lira diz que “Isso é vergonhoso”; Múcio Câmara considera que “isso é crime!”; Francisco Barca afirma que “Não dá para se acreditar numa coisa desta. É uma violência contra a arte em geral”; 

Paulo Henrique Mota propõe que  “vamos no local retirar”; Francisco Barca defende que “temos que responsabilizar também as pessoas que fizeram e/ou permitiram uma coisa desta”; Paulo Henrique Mota opina que “não podemos obrigar esse louco gostar de Arte, mas podemos proteger das mãos desses loucos” e Francisco Barca diz que “a arte é patrimônio da humanidade”.

Participei da fila de opiniões definindo que “Estão avessando nosso mundo”. Enquanto isso, Tião Madruga considerou “um verdadeiro atentado aos bons costumes, causando um prejuízo irreparável ao patrimônio histórico-cultural do nosso estado”. E Francisco Barca indagou a  Eduardo Alexandre Garcia, Dunga, como acha que pode ser encaminhada esta demanda.

Iaperi Araujo, como Presidente do Conselho Estadual de Cultura, informou que já fez um apelo por oficio ao Presidente da FUNCARTE – Fundação Capitania das Artes sobre esse painel que a gente não sabia como estava. “Agora vejo que a situação está pior do que pensávamos”. Defende intervenção já e que “A FUNCARTE devia ir ao hotel e resgatar os pedaços imortais da obra de Newton”.

Eduardo Alexandre Garcia, por fim, responde a Iaperi dizendo que acha mais. Para ele “O Hotel deve ser interditado já, e sua posse passada de volta para o Governo do Estado, que não devia tê-lo vendido, a preço de restar o que é hoje, ainda recuperável, tombado e preservado como marco histórico do turismo no Rio Grande do Norte”.

(15/09/2013)

FOTO: EDUARDO ALEXANDRE GARCIA

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