sexta-feira, 14 de dezembro de 2012




Enquanto seu lobo vem...
A assim chamada classe política no Brasil deixou de ser um conjunto representativo da vontade popular, passando a ser em boa parte dos  casos arregimentação de grupos que visam unicamente garantir a si e aos seus uma vida boa, cheia de privilégios e bonanças, além, claro, de um belo contracheque mensal.
http://desenhosparacolorir.blogspot.com.br/2011/02/historia-da-chapeuzinho-vermelho.html

No Rio Grande do Norte o último e lamentável episódio diz respeito à Câmara Municipal de Natal, sempre ela. Melhor, sempre “eles”, os vereadores. Por algum motivo insatisfeitos com seus já altos proventos , salários, pagamentos, subsídios, dinheiro, arame, mufunfa, o que seja lá o que eles, digamos, lapam desta pobre e esquecida Terra de Poti.

O subsídio do prefeito foi fixado em R$ 25 mil; antes do reajuste o valor pago era de R$ 14 mil. Já o de vice-prefeito pula de R$ 11,2 mil para R$ 20 mil, o que representa um aumento de 78,5% para os dois cargos. Os  vereadores alasgtram de R$ 15 mil para R$ 18 mil, um aumento de 20% no  salários. Very Good. Ou melhor: Oh, my god!

Faço este nariz de cera para dizer: isso é produto de um caldo de cultura política em que aproveitadores de todos os matizes achacam os cofres públicos a título de estar prestando um serviço público. É uma forma de patrimonialismo: a coisa pública tratada como se fosse algo privado, administrado à escolha do dono do Poder – mesmo que seja um dono temporário.

Claro, os vereadores dirão que estão agindo dentro da lei. Se for assim, creio que a lei seja a forma de legitimação do crime. Os lamentáveis vereadores de Natal, ferocíssimos em sua ganância, agem como o logo de Chapeuzinho Vermelho: mandam o povo passear no bosque e vão, bem depressa, devorar a vovozinha.

O problema é que, agora, vez  por outra aparece um caçador chamado Ministério Público...

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