quarta-feira, 20 de junho de 2012

PT e Maluf, quem é o mais sujo?

A aliança entre PT e Paulo Maluf, além de revelar como funciona o Partido dos Trabalhadores em termos de prática política, pode resultar num erro tático: não levou-se em consideração um efeito não-pretendido, qual seja o repúdio social a esse arranjo. Ao que parece, Lula valorizou apenas o suposto potencial de Maluf, o de grande eleitor que traria no vácuo de sua presença votação que garantiria a eleição do candidato Fernando Haddad.

http://o-mascate.blogspot.com.br/2011/09/stf-acata-denuncia-contra-paulo-maluf.html
O partido atira no lixo da história uma trajetória que, de resto, já vinha sendo arranhada interna corpore. Agora, o velho homem da pequena política dá sua contribuição para que o PT não possa mais de arrogar como representante dos trabalhadores. Perde-se legitimidade de sigla. 

O acerto como Maluf, que fez questão de posar ao lado de Lula, registrando a preço de manchete sua aliança com os antigos e figadais adversários, não dá garantia alguma de aporte de votos. A aliança não é um gatilho que automaticamente dispararia certeiro no alvo que é a prefeitura paulistana. 

Pode somar?, talvez possa. Mas da mesma maneira, e de forma exponencial, essa arrumação é também um ato de comunicação, cuja compreensão pública mais parece indicar em direção a perplexidade e repúdio que em favor de crescimento do capital político do partido. 

Sem dúvida o encontro de águas entre petistas e Maluf é, formalmente, um conluio de forças, mas, como no caso dos rios Negro e Amazonas, nota-se perfeitamente a divisão de águas. No caso da política, o que não se sabe é quem é o mais sujo.

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