sábado, 17 de dezembro de 2011

Poema para Bagdá 
(1/30 - Março/2003)

Madrugada em Bagdá

--- Walter Medeiros


Naquelas ruas passaram
Homens, deuses, peregrinos,
Os mais diversos destinos,
Até os que lhe assaltaram.

Naquelas ruas viveram
Sonhos da humanidade;
Lutas pela liberdade,
Que agora inverteram.

Naquelas ruas caíram
As bombas imperiais;
Descabidas, ilegais,
Que o mundo não ouviram.

Naquelas ruas tombaram
As crianças indefesas;
O povo, a fácil presa,
Para os que usurparam.

Naquelas ruas ficaram
Sonhos do meu coração;
Com pranto e emoção,
Que nem as bombas mataram.

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