Um juiz atravancando o tráfego
Caminhando pelas alamedas do Campus em meio à chuva fina de fim de tarde, encontro, estacionado em frente à Biblioteca Central Zila Mademe, estacionado de maneira irregular, um carro. O carro de um juiz, que ostentava orgulhosamente no vidro frontal o elegante e arrogante decalque "Poder Judiciário - Juiz". O automóvel estava de tal forma colocado que obrigava os demais a entrar em contramão.
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Fico pensando: que sentenças sairão da cabeça desse homem? Qual a noção de Justiça que rege seus pensamentos na hora de decidir? Um homem, um juiz, que se compraz em ocupar lugar indevido, mesmo sabendo que ofende o direito de ir e vir de outras pessoas certamente não é um bom juiz. Não é sequer um juiz, suponho.
É o jeitinho brasileiro. Sem dúvida, se fosse abordado a respeito de seu comportamento se sairia com o velho refrão: "Sabe com quem está falando?" Fico comigo a pensar que esse é o nosso grande problema: sabemos com quem estamos falando. Sabemos que são autoridades, sabemos que são, muitas vezes, as primeiras e infringir as leis que elas mesmas muitas vezes criaram; e as primeiras mesmo a agredir, ferir, abusar, sonegar.
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