quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Do conluio aos búfalos
Emanoel Barreto

Aos políticos, o mais das vezes, imprensa somente é boa quando deles lhes fala bem.
Quando se dá o contrário trata-se de "conluio", "conspiração de mídia". Os jornalistas cometemos erros, sim. Até por má intenção, dolo, interesses escusos do profissional ou da empresa jornalística. Mesmo assim, a presença do jornal é essencial para a manutenção da democracia, para irrigar o organismo social com a informação que brota desse mesmo social.

Jornalismo, medicina, pedagogia e direito formam os pilares de uma sociedade que se pretenda democrática. O jornal pela já mencionada divulgação; a medicina por pressupor acesso de todos à saúde; pedagogia pela presença direta na formação da consciência cidadã, e direito pela participação essencial ao arcabouço jurídico, que determina o proceder social disciplinado.

Todas, em complexo, têm ligação direta, mesmo que não percebida, com a realidade política e portanto histórica nos destinos de uma nação. O jornalismo, em sua ação cotidiana, é ator fundamental ao ecoar de alguma forma o falar e os gritos da rua. Portanto, precisa ser exercido com vigor. E todos aqueles que em seu exercício desabonam esse fazer, devem receber as punições legais.

Mas não é por isso que, sob o apanágio da legislação, se aplique a censura, com está se fazendo com o Estadão, proibido de continuar veiculando denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney.
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Zooróscopo

Búfalo: os nascidos neste zoosigno são brutais. Usam de sua capacidade para ferir, abater e atacar como forma de intimidação, portanto, de convencimento pela estupidez. Exemplo claro está no ex-presidente e hoje senador Fernando Collor, que, com olhar de fúria possessa, ameaçou o Pedro Simon quando este repudiava Sarney e citava Collor como figura nefasta à vida pública brasileira. Mulheres em Beija-flor não devem contrair matrimônio com homens de búfalo. Sofrerão horrores.


Um comentário:

Anônimo disse...

Cada vez que entro em seu blog assisto uma aula de jornalismo. Toda vez que conheço um jornalista de Natal que foi seu aluno sinto "inveja" (no bom sentido) dele ter sido seu aluno, mas talvez ele é que tenha inveja de eu ter o senhor como um referencial profissional e familiar. Muita saudade!!

Bruno